A descoberta poderá, no futuro, ser usada para ajudar a reduzir os efeitos colaterais da radiação em pacientes que fazem exames radiológicos ou que estejam submetidos à radioterapia.
Mesmo as baixas doses de radiação utilizadas durante a mamografia podem aumentar a incidência do câncer em alguns grupos de mulheres
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Gingko biloba contra os oxidantes e radicais livres
Chang-Mo Kang e seus colegas do Instituto Coreano de Ciências Médicas e Radiológicas estavam estudando os efeitos protetores de várias plantas medicinais, entre as quais a Gingko biloba.
Gingko biloba é uma espécie de árvore única, sem nenhuma outra espécie aparentada. Extratos de suas folhas contêm compostos antioxidantes, incluindo os glicosídeos e terpenóides, também conhecidos como ginkgolidos e bilobalidos.
Acredita-se que estes compostos protejam as células dos danos causados pelos radicais livres e outras moléculas reativas oxidantes encontradas no corpo. Esses agentes são gerados continuamente pelo metabolismo normal do corpo.
Mas eles são também produzidos em excesso em algumas doenças ou após a exposição à poluição ou à radiação. Eles danificam as proteínas, o DNA e outras biomoléculas e, se não forem combatidos, podem até matar as células.
Suplemento de Gingko biloba
Com isto, os extratos de determinadas plantas que contêm antioxidantes, incluindo a Gingko biloba, têm atraído o interesse dos pesquisadores por sua ação farmacológica.
A Gingko biloba é vendida como um suplemento à base de plantas e existem numerosas alegações quanto aos seus benefícios à saúde, incluindo a possibilidade de prevenir o aparecimento de demência ou Mal de Alzheimer.
Apoptose
Os pesquisadores analisaram os efeitos da radiação sobre os linfócitos - os glóbulos brancos do sangue - de pessoas saudáveis com idades entre 18 e 50 anos. Metade das células foi tratada com um extrato de Gingko biloba disponível comercialmente, enquanto uma amostra de controle foi tratada apenas com soro fisiológico.
Sob os efeitos da radiação, os linfócitos passaram pela apoptose - a morte programada da célula quando ela sofre algum dano irreversível.
Os pesquisadores descobriram que houve um aumento significativo da apoptose nas células não tratadas em comparação com aquelas tratadas com o extrato de Gingko biloba.
Quase um terço das células não tratadas submeteu-se à apoptose, em comparação com cerca de uma em cada vinte das células tratadas.
Estudos paralelos com ratos de laboratório também demonstraram um efeito similar de proteção contra o envenenamento por radiação.
Os resultados sugerem que os extratos podem neutralizar os radicais livres e agentes oxidantes produzidos nas células pela radiação e assim impedir sua morte.
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