Alguns estudos apontam que esta é uma definição inadequada, pois se deve considerar a medicina como constituída por métodos cientificamente validados de diagnóstico e tratamento, independentemente do facto de ser aplicada no oriente ou ocidente, como alopatia, homeopatia ou mesmo fitoterapia.
Estes estudos ainda indicam que uma definição mais adequada para a medicina alternativa seria o conjunto de práticas de diagnostico e terapia sem a apropriada validação científica, ou que sejam consideradas inacessíveis ao método científico experimental, o que neste último caso pode ocorrer nas práticas de cura via métodos metafísicos e espirituais, diferentemente das práticas médicas convencionais.
Mas quem é que nunca recorreu ao famoso chazinho na hora de aliviar uma dor ou um desconforto, para dormir melhor ou mesmo para emagrecer? Presente no cotidiano do brasileiro, principalmente pela diversidade ecológica, os chás tomam cada vez mais espaço, tanto na hora de buscar uma cura para um problema de saúde quanto para apreciar o sabor da erva. A estudante Ísis Theodoro, por exemplo, toma chá branco há seis meses e tem gostado do resultado. "Comecei a tomar porque sei que ele ajuda no processo de emagrecimento e o sabor é bem melhor que o do chá verde. Mas depois desse tempo tomando praticamente diariamente, senti outros benefícios como a melhora na disposição e no funcionamento do intestino", completa.
De acordo com o índio Macsuara Kadiwel, as plantas são óptimos remédios e cada uma delas tem uma especialidade. “As ervas são grandes aliadas em problemas que com remédios tradicionais dificilmente são tratadas”, afirmou o índio, que passou 20 dias vendendo ervas medicinais no Centro de Ribeirão.
Para ele, as plantas mais vendidas são: Guacia-planta, carqueija, pata de vaca e joão bolão, usadas para combater a diabetes. “Muita gente também procura ervas para insônia, problemas renais e impotência sexual. Nesses casos, são pessoas com mais de 40 anos que procuram os chás”, afirmou Macsuara.
O índio explicou como é feita a sua reposição de ervas. “As plantas são selecionadas e criadas em um laboratório de São Paulo, e são mais de 20 qualidades de plantas cultivadas principalmente para estes fins. Se eu tivesse que arrancar uma planta da natureza eu não estaria aqui, pois a natureza é o maior poder do mundo”, concluiu.
Segundo a professora de farmacologia Dra. Carolina Baraldi A. Restini, muitos dos chás e infusões de produtos naturais usados pela população já possuem embasamento científico para justificar os seus efeitos. “Na verdade, a pesquisa científica sobre princípios extraídos de plantas tiveram início justamente com base no uso popular, ou seja, com o objetivo de avaliar o mecanismo de ação de tais princípios, bem como comprovar os efeitos benéficos relatados pelos usuários”, afirma a professora.
Ainda de acordo com a Dra. Carolina, é importante lembrar da dica: “Não é porque é natural que não faz mal”. Aquele pensamento de que “se não fizer bem, mal não faz”, não é seguro. “Hoje, a maioria dos chás e produtos ativos naturais passou e vem passando por experimentos científicos que garantem ao consumidor informações sobre a segurança de seu uso terapêutico. Por isso, é muito importante consultar um profissional, como por exemplo, o farmacêutico, para saber sobre o verdadeiro efeito e benefício do chazinho”, conclui a professora.
Como já diz o ditado : A diferença entre o veneno e o antídoto é a dose. Portanto, com moderação, todo chá é benvindo!
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