Plantas medicinais podem ser uma alternativa eficaz e de baixo custo para o controle de helmintose gastrointestinal em ovinos. Essa é uma das conclusões da pesquisa de Patrícia Nery Silva Souza, apresentada na dissertação "Eficácia anti-helmíntica de extratos vegetais para o controle da helmintose ovina". O trabalho foi defendido dentro do programa de mestrado em Ciências Agrárias, com área de Concentração em Agroecologia, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, campus regional de Montes Claros (Norte de Minas).
Em sua pesquisa, Patrícia avaliou a ação de 20 extratos vegetais, provenientes de dez espécies de plantas do Norte de Minas, no controle da doença. Os resultados obtidos sugerem o potencial promissor de quatro espécies: manga, panã, pequi e genipapo.
"O objetivo era buscar uma forma alternativa de tratamento, a baixo custo, para que o produtor ficasse menos dependente de insumos externos a sua propriedade", explica a pesquisadora. Além disso, ela pretendia também buscar uma forma de tratamento que trouxesse menor impacto ambiental e menor acúmulo de resíduos nos produtos de origem animal.
"Como nosso mestrado está envolvido diretamente com a comunidade, procurei usar plantas coletadas lá", acrescenta. Ela se refere à comunidade do Planalto, na zona rural de Montes Claros, parceira do mestrado em Ciências Agrárias/Agroecologia, que tem como proposta buscar demandas de comunidades rurais da região e devolver os resultados das pesquisas na forma de aplicações práticas.
O projeto tem como orientador o professor Eduardo Robson Duarte e coorientador, o professor Ernane Ronie Martins, ambos do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG. A defesa da dissertação aconteceu no último dia 17 de fevereiro.
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